RECICLAGEM

A reciclagem de materiais descartados compreende basicamente as seguintes etapas:
· Coleta e Separação: Triagem por tipos de materiais (papel, metal, plásticos, madeiras, etc.)
· Revalorização: Etapa intermediária que prepara os materiais separados para serem transformados em novos produtos.
· Transformação: Processamento dos materiais para geração de novos produtos a partir dos materiais revalorizados.

Reciclagem Química
A reciclagem química reprocessa plásticos transformando-os em petroquímicos básicos: monômeros ou misturas de hidrocarbonetos que servem como matéria-prima, em refinarias ou centrais petroquímicas, para a obtenção de produtos nobres de elevada qualidade.

O objetivo da reciclagem química é a recuperação dos componentes químicos individuais para serem reutilizados como produtos químicos ou para a produção de novos plásticos.

Essa reciclagem permite tratar mistura de plásticos, reduzindo custos de pré-tratamento, custos de coleta e seleção. Além disso, permite produzir plásticos novos com a mesma qualidade de um polímero original.

Os novos processos de reciclagem química desenvolvidos permitem a reciclagem de misturas de plásticos diferentes, com aceitação de determinado grau de contaminantes (ex.: tintas, papéis etc.)

Reciclagem Mecânica
A reciclagem mecânica consiste na conversão dos descartes plásticos pós-industriais ou pós-consumo em grânulos que podem ser reutilizados na produção de outros produtos, como sacos de lixo, solados, pisos, conduítes, mangueiras, componentes de automóveis, fibras, embalagens não-alimentícias e muitos outros.

Essa reciclagem possibilita a obtenção de produtos compostos por um único tipo de plástico, ou produtos a partir de misturas de diferentes plásticos em determinadas proporções. Estima-se que no Brasil sejam reciclados mecanicamente 15% dos resíduos plásticos pós-consumo.

Segue abaixo as principais etapas para a produção do plástico granulado.

SEPARAÇÃO Separação em uma esteira dos diferentes tipos de plásticos, de acordo com a identificação ou com o aspecto visual. Nesta etapa são separados também rótulos de materiais diferentes, tampas de garrafas e produtos compostos por mais de um tipo de plástico, embalagens metalizadas, grampos, etc. Por ser uma etapa geralmente manual, a eficiência depende diretamente da prática das pessoas que executam esta tarefa. Outro fator determinante da qualidade é a fonte do material a ser separado, sendo que aquele oriundo da coleta seletiva é mais limpo em relação ao material proveniente dos lixões ou aterros.

MOAGEM Após separados os diferentes tipos de plásticos, estes são moídos e fragmentados em pequenas partes.

LAVAGEM Após triturado, o plástico passa por uma etapa de lavagem com água para a retirada dos contaminantes. É necessário que a água de lavagem receba um tratamento para a sua reutilização ou emissão como efluente.

AGLUTINAÇÃO Além de completar a secagem, o material é compactado, reduzindo-se assim o volume que será enviado à extrusora. O atrito dos fragmentos contra a parede do equipamento rotativo provoca elevação da temperatura, levando à formação de uma massa plástica. O aglutinador também é utilizado para incorporação de aditivos - como cargas, pigmentos e lubrificantes.

EXTRUSÃO A extrusora funde e torna a massa plástica homogênea. Na saída da extrusora, encontra-se o cabeçote, do qual sai um "espaguete" contínuo, que é resfriado com água. Em seguida, o "espaguete" é picotado em um granulador e transformado em pellet (grãos plásticos).

Reciclagem Energética
É a recuperação da energia contida nos plásticos através de processos térmicos. A reciclagem energética distingue-se da incineração por utilizar os resíduos plásticos como combustível na geração de energia elétrica. Já a simples incineração não reaproveita a energia dos materiais.
A energia contida em 1 kg de plásticos é equivalente à contida em 1 kg de óleo combustível.
Cerca de 15% da reciclagem de plásticos na Europa Ocidental é realizada via reciclagem energética.
A usina de Saint-Queen (na França), assegura o suprimento de eletricidade para 70.000 pessoas com 15.400 megawats/ano, obtidos por reciclagem energética.

Além da economia e recuperação de energia conseguidas, ocorre ainda uma redução de 70 a 90% da massa do material, restando apenas um resíduo inerte esterilizado.


Degradabilidade = Poluição
A compostagem aeróbica dos plásticos degradáveis produz o gás carbônico, responsável pelo efeito estufa. O balanço desses gases não pode ser considerado nulo.
Por outro lado, todo polímero deve conter aditivos complexos para que possam ser transformados. Quais são os produtos dessa degradação ? São eles nocivos ou bio-acumuláveis ? Estas respostas são importantes pois a degradação dos materiais pode gerar efeitos negativos, diferentemente da degradação dos vegetais, por exemplo.

 
     
     

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